Russel Wilson foi um dos grandes vencedores do trade deadline com a aquisição do left tackle Duane Brown dos Texans. O offensive tackle vinha de um holdout com a organização dos Texans, que começou durante o verão, na esperança de ter o seu contrato renegociado.
O três vezes Pro Bowl vai ajudar a estabilizar a linha atacante dos Seahawks que tem tido dificuldades a proteger Wilson, ou a criar jogo em corrida (são a 21ª equipa na Liga nessa categoria). Rees Odhiambo tem sido o titular depois de George Fant sofrer uma lesão nos ligamentos do joelho.
Os Texans receberam o cornerback Jeremy Lane, uma escolha de quinta ronda do Draft de 2018 e uma escolha de segunda ronda para o Draft de 2019. Seguramente Deshaun Watson não estava à espera desta “prenda” a meio da época.
Também não ajudou o facto de que o jogador e o front office, para além de todas as confusões contratuais, estavam em “rota de colisão”. Brown foi um dos mais fortes críticos do dono dos Texans Bob McNair, quando este disse que “não podemos ter os presos a tomar conta da prisão” numa reunião de donos de equipas e membros da NFL, quando o assunto de se punir, ou não, jogadores por colocarem o joelho no chão durante o hino foi abordado.
Brown fez saber a sua opinião, e esta foi, no mínimo, devastadora:
“Eu acho que isso é ignorante e é embaraçoso. Eu penso que tal coisa fez os jogadores se sentirem zangados, incluindo eu mesmo. Nos colocamos o nosso corpo em risco cada vez que entramos no campo e usar-se uma analogia com presos em prisões é falta de respeito.”
É verdade que Duane pude fazer isto por ser um dos melhores jogadores na sua posição (em 12 jogos o ano passado apenas permitiu um sack – empatado para o menor registo em 56 tackles, e 28 pressures – empatado para 14º melhor) e como tal tem um forte “argumento para poder negociar”. No entanto, é salutar ver um jogador a defender as suas convicções perante o público e a aceitar o resultado das mesmas (como foi também o caso de DeAndre Hopkins).
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