Dentro da Press Room Week11-2017

Roger Goodell, o Comissário da Liga, estava a terminar uma comunicação para um grupo de 200 CEO’s quando na parte de perguntas e respostas, David Westin da Bloomberg perguntou a “questão de um milhão de dólares”.

“O que acha que precisa de conseguir antes de deixar o lugar de Comissário?”

Goodell supreendeu com a resposta.

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“Eu tenho estudado essa resposta por algum tempo, estando na NFL faz agora 36 anos, e observando outros desportos, e acho que há sempre o risco de uma pessoa ficar tempo a mais, e eu não quero estar nessa categoria.”

Hummm…

Goodell’s ter uma extensão do seu contrato até 2024 é o cenário mais provável de acontecer, apesar das ameaças do dono dos Cowboys, Jerry Jones de levar a NFL a tribunal se esse processo avançar como está programado.

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No último mês de Maio, os 32 donos das equipas votaram de uma forma unânime para a extensão do contrato, inclusive com a cativação do dinheiro para pagar o ordenado anual. O responsável pela Compensation Committee, que tem a função de encontrar as verbas para este tipo de negociação já fez saber que “está a trabalhar para finalizar a extensão do contrato com o Comissário”. De acrescentar que o responsável pela Comissão é Arthur Blank, dono dos Falcons.

Goodell acrescentou que “também quero resolver os desafios que vêm no horizonte”.

Para além daqueles que conhecemos; questões dos traumatismos cranianos, qualidade do produto, jogos a mais, descanso a menos, saturação do mercado, questões raciais e de justiça social, entre outras, o Comissário referiu outras três
1. Renogociação dos contratos televisivos
2. Extensão do atual contrato que liga jogadores a equipas
3. E o plano da sucessão.

O actual contrato que liga a NFL aos quatro grandes parceiros televisivos vai ser renegociado em 2021-22. Com cada vez mais opções a nível de entretenimento e com o jogo a ter menos qualidade do que aquilo que é “esperado” de ter em prime-time, os canais podem ter menos dinheiro de patrocinadores, e daí menos dinheiro para comprar os direitos do jogo. Fala-se, inclusive, que a ESPN pode não comprar os direitos do Monday Night Football, por estar em dificuldades financeiras.

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O contrato que liga os jogadores às equipas termina antes da época de 2020, e nesse caso, o rol de negociações vão ser duras e complicadas.

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Se Goodell conseguir resolver estes (e outros problemas) antes de 2023, pode sair da Liga como o “salvador” do desporto para uma nova era de consumidores e de exigências de segurança e espectáculo do futebol Americano. Ou então, pode ser o Comissário que estava no início do fim da NFL como a liga mais poderosa dos Estados Unidos.

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